Que o universo dos investimentos ainda é predominantemente masculino nós sabemos, no entanto, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado financeiro.

Em 2022, o número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores do Brasil (B3) cresceu 16,3%. Atualmente, esse perfil feminino está na casa de 1,1 milhão. A proporção de mulheres em relação ao total é de 23%, já os homens detêm 77% das contas habilitadas.

Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), obtidos por meio da pesquisa Raio X do Investidor, apontam que 29% das mulheres têm a prática de investir, já no universo masculino esse percentual se eleva para 34%.

A Anbima estima ainda que hoje 55% dos investidores brasileiros são homens e 45% mulheres. Em relação às modalidades de investimentos, assim como o perfil masculino brasileiro, o perfil feminino faz escolhas mais conservadoras, com menos riscos e mais previsibilidade.

É o caso da renda fixa, segmento em que as mulheres mais apostam. No geral, 83% delas investem na poupança, contra 68% dos homens. Entretanto, elas vêm diversificando cada vez mais sua carteira de investimento. Atualmente, mais de 40% das mulheres investem em dois ou mais produtos.

Quando se fala em aporte de maior risco, cerca de 11% dos investidores masculinos apostam em ações, fundos de investimento, ativos e moedas digitais. Entre as mulheres, os números não passam de 6%. Quanto aos objetivos, os dois perfis citam como principal a aquisição da casa própria.

A pesquisa continua indicando diferenças importantes entre homens e mulheres, que podem ser explicadas por aspectos socioeconômicos, tanto no âmbito de emprego quanto de renda. As mulheres, por exemplo, recebem salários inferiores aos dos homens. Ainda assim, sustentam muitos lares, o que diminui a capacidade financeira para investir.